O termo lombalgia se
refere à dor na coluna lombar, sendo um dos sintomas mais comuns das disfunções
da coluna vertebral. Essa é uma disfunção que acomete ambos os sexos, podendo
variar de uma dor aguda, se durar menos de quatro semanas; subaguda, com duração
de até 12 semanas; e crônica, se persistir por mais de 12 semanas. Estudos da
Organização Mundial da Saúde (2007) revelam a dor lombar como um problema de
saúde pública mundial, atingindo cerca de 80% das pessoas em algum período de
suas vidas, causando graves consequências socioeconômicas. A dor lombar é uma
importante causa de incapacidade, ocorrendo em prevalências elevadas em todas
as culturas, influenciando a qualidade de vida das pessoas.A lombalgia crônica
é um sintoma, e não uma doença, que se caracteriza por dor, a qual pode ser
resultante de causas diversas. Devido à complexidade das lombalgias, podemos
classificá-las etiologicamente como estruturais; traumáticas; músculo
esqueléticas; degenerativas; reumáticas; defeitos congênitos; inflamatórias;
neoplásicas; viscerais reflexas; doenças ósseas; e metabólicas. Além disso,
observa-se grande incidência de lombalgias relacionadas à atividades
laborativas, que levam à posturas e movimentos corporais inadequados causando
sobrecarga sobre a coluna lombar, levando a uma série de transtornos físicos e
prejuízos de ordem financeira, causados pelo absenteísmo, diminuição da
produtividade e, consequentemente dos lucros empresariais. Há variados recursos
terapêuticos à disposição para o tratamento da lombalgia, como medidas
cirúrgicas e medicamentosas. Contudo, a fisioterapia atua por meio do
tratamento conservador, dispondo de recursos eletrotermofototerapêuticos,
cinesioterapia por meio de programas de exercícios que visam melhor
condicionamento muscular, alinhamento postural, relaxamento e alívio
sintomático da dor. Entretanto, sua elegibilidade irá depender do quadro
clínico do paciente e da avaliação realizada pelo fisioterapeuta.
Fundamentação
Teórica
Lombalgia crônica é caracterizada como dor
lombar músculo-esquelética inespecífica, que é uma dor nas costas na região
lombar atribuída a uma tensão muscular, deslocamento da tensão lombosacro,
deslocamento tensional miofacial e ainda dores causadas por anormalidades
musculares.
Devido a uma inexistência de uma
fidedigna correlação entre os achados clínicos e os de imagem há dificuldades
do estudo das abordagens das lombalgias por ser um segmento lombar inervado,
tornando difícil determinar com precisão o local e origem da dor.
O TENS é a modalidade bastante
utilizada para o tratamento da dor musculoesquelética que consiste na geração
de impulsos elétricos através da pele por meio de eletrodos, impedindo a
transmissão de informação nociceptiva até o cérebro.
Eletroterapia
A eletroterapia
consiste no uso de correntes elétricas com finalidades terapêuticas diversas.
Existem muitos tipos de correntes que podem ser utilizadas na eletroterapia,
cada qual com particularidades próprias quanto às indicações e
contraindicações. Mas todas elas têm um objetivo comum: produzir algum efeito no
tecido a ser tratado, que é obtido por meio das reações físicas, biológicas e
fisiológicas que o tecido desenvolve ao ser submetido à terapia.
Alguns desses
objetivos são: controle da dor aguda e crônica, redução de edema, redução de
espasmo muscular, minimização de atrofia por desuso, facilitação da reeducação
muscular, fortalecimento muscular, facilitação da cicatrização tecidual e da
consolidação de fraturas.
Para a utilização da
eletroterapia há precauções que devem ser seguidas: evitar tratar sobre a pele
com transtorno de sensibilidade, evitar feridas abertas na área de tratamento,
evitar áreas de extremo edema, não colocar eletrodos sobre os músculos da
laringe, faringe, próximo ao seio carotídeo. São contraindicações para
utilização da eletroterapia: áreas com distúrbio vascular,indivíduos portadores de neoplasias, pacientes
mentalmente desorientados (Hayes, 2002).
A intensidade da
corrente deve sempre ser aumentada gradativamente, de acordo com a tolerância
do paciente. Devem ser utilizados eletrodos de silicone, borracha ou
autoadesivos em bom estado e gel condutor de boa qualidade (IBRAMED, 2009)
Eletroanalgesia
A eletroanalgesia
consiste no uso da eletroterapia com objetivos analgésicos. É um recurso útil
no tratamento das dores lombares agudas e crônicas. Os tipos de correntes mais
utilizados para esta finalidade terapêutica são a eletroestimulação
transcutânea (TENS) e a corrente interferencial (Guirro e Guirro, 2004).
TENS (estimulação elétrica nervosa transcutânea)
A TENS é uma
corrente de baixa frequência (2 a 200Hz) considerada um recurso valioso para o
alívio da dor, seja ela proveniente de lesões agudas ou decorrentes de
processos crônicos. O uso desse tipo de eletroestimulação tem permitido a
redução na utilização de medicamentos farmacológicos para o controle da dor
lombar (NEFE, 2010).
Esse tipo de
corrente age sobre as fibras nervosas aferentes como um estímulo diferencial
que "concorre" com a transmissão do impulso doloroso. Ativa as
células da substância gelatinosa, estimula a liberação de endorfinas,
endomorfinas e encefalinas, diminuindo ou bloqueando a percepção central à dor
(NEFE, 2010).
A eficiência no uso
da TENS está diretamente relacionada à forma do estímulo, sua intensidade,
frequência e a colocação dos eletrodos. Na medida em que os impulsos atingem o
nervo acontece à regulação para o controle da dor (Rodrigues e Guimarães,
1998).
Para o controle da
dor aguda, normalmente a frequência usada é alta variando entre 100 e 200 Hz.
Para o manejo da dor crônica utiliza-se frequências entre 50 e 100Hz. Os
eletrodos devem ser posicionados paralelamente à área dolorosa. Quando
necessário outro par de eletrodos pode ser fixado bilateralmente à coluna
vertebral, ao nível das raízes nervosas que abrangem a área da dor (IBRAMED, 2009).
Eletrolipoforese
Por definição, a eletrolipoforese é uma técnica destinada ao tratamento
das adiposidades e acúmulo de ácidos graxos localizados. Segundo Soriano et
al., caracteriza-se pela aplicação de microcorrentes específicas de baixa
freqüência (ao redor de 25 Hz) que atuam diretamente no nível dos adipócitos e
dos lipídios acumulados, produzindo sua destruição e favorecendo sua posterior
eliminação.
A eletrolipoforese trata-se de um procedimento que consiste em veicular
ondas elétricas de intensidade e de freqüência definidas. Utilizam-se vários
pares de agulhas finas (0,3mm) e longas (5 a 15cm), desempenhando o papel de
eletrodos, são ligadas a correntes de baixa intensidade, criando um campo
elétrico entre elas
A intensidade da corrente utilizada varia de 5 a 40 mA e a freqüência é
escolhida entre 5 e 500 Hz. A duração da sessão é de 50 minutos, sendo
realizada uma vez por semana. O número de sessões varia de 3 a 6, sendo que a
implantação das agulhas pode ser alterada a cada sessão de acordo com a
localização dos enchimentos celulíticos.
Os efeitos fisiológicos proporcionados pela eletrolipoforese são: efeito
Joule, onde a corrente elétrica, ao circular por um condutor, realiza um
trabalho que produziria certo tipo de “calor” ao atravessar o mesmo; efeito
eletrolítico; efeito de estímulo circulatório; efeito neuro-hormonal, que
produz uma estimulação artificial do sistema nervoso simpático e, como
conseqüência, ocorre a liberação de catecolaminas com aumento de AMP cíclico
intradipocitário, e aumento da hidrólise dos triglicerídeos
Concluindo que a eletroterapia consiste no uso de correntes elétrica com diversas
finalidades. Existem muitos tipos de correntes que podem ser utilizadas na
eletroterapia. Um dos objetivos é o controle da dor. Na utilização da eletroterapia, a TENS deve ser considerada como uma boa opção de tratamento na dor
lombar crônica, pois o sintoma principal da patologia é a dor.
EQUIPE: Caroline Patricia
Itamara Souza
Rafaelle Sousa
Rodrigo Melo
Rodrigo de Oliveira
Rodrigo Oliveira
Sandra Pereira
Suzana Graciela
EQUIPE: Caroline Patricia
Itamara Souza
Rafaelle Sousa
Rodrigo Melo
Rodrigo de Oliveira
Rodrigo Oliveira
Sandra Pereira
Suzana Graciela
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