A
ELETROTERAPIA NO TRATAMENTO DO FIBRO EDEMA GELÓIDE
Existe
atualmente uma constante busca pelo corpo ideal com diversas influências da
moda. Com restrições, colocam mulheres em diversas situações, ocorrendo não só
uma alteração estética, mas, além disso, pode proporcionar graves problemas
como a baixa autoestima. Com isso começou a surgir uma grande preocupação com a
temerosa fibro edema gelóide (FEG) mais conhecida como “celulite”.
O fibro
edema gelóide é definida como uma alteração nos diversos elementos do tecido
conjuntivo, juntamente com uma infiltração edematosa, de caráter não inflamatório,
que leva à polimerização da substância fundamental, mecanismo esse gerado como
uma forma de defesa do organismo, produzindo uma reação fibrótica do
infiltrar-se nas tramas do tecido conjuntivo. Podemos observar o FEG como uma
alteração da pele com várias depressões irregular muito parecida ao aspecto de
“casca de laranja” acometendo mais as regiões de glúteo e coxas e com menos
intensidade em panturrilha, braços e abdome.
O
fisioterapeuta dispõe de meios físicos e técnicas terapêuticas como
eletroterapia, técnicas manuais, cinesioterapia, RPG, cosmetologia, capazes de
tratar efetivamente diversas patologias clínicas e estéticas com conhecimentos
relevantes de anatomia, fisiologia, patologia. O tratamento do fibro edema gelóide é baseado no
poder da massagem, combatendo os fatores desencadeantes, a eletroterapia é um
método eficaz pois eleva à temperatura corporal através da passagem da corrente
elétrica, mas além dos tratamentos em cabine, é importante, uma alimentação
balanceada, pratica de exercícios físicos, entre outros. O efeito fisiológico
ocorre através da passagem da corrente elétrica por organismos vivos, o efeito
térmico ocorre pelo choque dos elétrons livres contra os átomos dos condutores,
o efeito químico ocorre quando a corrente elétrica atravessa as soluções
eletrolíticas, e por fim o efeito magnético, é quando ocorre um campo magnético
em torno da corrente.
Dentro da eletroterapia existem
vários tratamentos com aparelhos entre eles a: Eletrolipoforese, Correntes Excitomotoras, Iontoforese e o Ultra Som.
- · Eletrolipoforese
Por definição, a
eletrolipoforese é uma técnica destinada ao tratamento das adiposidades e
acúmulo de ácidos graxos localizados. Segundo Soriano et al., caracteriza-se
pela aplicação de micro correntes específicas de baixa frequência (ao redor de
25 Hz) que atuam diretamente no nível dos adipócitos e dos lipídios acumulados,
produzindo sua destruição e favorecendo sua posterior eliminação. A
eletrolipoforese trata-se de um procedimento que consiste em veicular ondas
elétricas de intensidade e de frequência definidas. Utilizam-se vários pares de
agulhas finas (0,3mm) e longas (5 a 15cm), desempenhando o papel de eletrodos,
são ligadas a correntes de baixa intensidade, criando um campo elétrico entre
elas.
A
intensidade da corrente utilizada varia de 5 a 40 mA e a frequência é escolhida
entre 5 e 500 Hz. A duração da sessão é de 50 minutos, sendo realizada uma vez
por semana. O número de sessões varia de 3 a 6, sendo que a implantação das
agulhas pode ser alterada a cada sessão de acordo com a localização dos
enchimentos celulíticos.
Os
efeitos fisiológicos proporcionados pela eletrolipoforese são: efeito Joule,
onde a corrente elétrica, ao circular por um condutor, realiza um trabalho que
produziria certo tipo de “calor” ao atravessar o mesmo; efeito eletrolítico;
efeito de estímulo circulatório; efeito neuro-hormonal, que produz uma
estimulação artificial do sistema nervoso simpático e, como consequência,
ocorre a liberação de catecolaminas com aumento de AMP cíclico
intradipocitário, e aumento da hidrólise dos triglicerídeos.
- · Correntes Excitomotoras
A estimulação elétrica neuromuscular (NMES) é um
importante coadjuvante no tratamento do fibro edema gelóide. Para a técnica de correntes excitomotoras é usado um
equipamento que gera corrente (alternadas ou não) a qual muda sua polaridade em
um determinado tempo pré-estabelecido. As modulações que devem ser reguladas
para que haja contração eficiente são:
• T on – T off: tempo de contração e repouso da corrente;
• Subida e descida: tempo em que a corrente sobe e desce da contração;
• Subida – sustentação – descida – repouso;
• Frequência;
• Amplitude; Intensidade e frequência (VIF) – para não ter efeitos de acomodação.
• T on – T off: tempo de contração e repouso da corrente;
• Subida e descida: tempo em que a corrente sobe e desce da contração;
• Subida – sustentação – descida – repouso;
• Frequência;
• Amplitude; Intensidade e frequência (VIF) – para não ter efeitos de acomodação.
Esta modalidade terapêutica tem por objetivo
propiciar o fortalecimento e/ou hipertrofia muscular, bem como o aumento da
circulação sanguínea e linfática, melhorando assim o trofismo dos tecidos.
De acordo com Rossi, (2001) trabalhando-se com correntes de baixa frequência
(até 300Hz), em torno de 0,5 a 60 Hz, poderemos ter uma boa contração muscular,
em sessões com duração de 15-20 minutos, realizadas 2-3 vezes por semana. O
número de sessões está compreendido entre 15 e 30. Os resultados esperados e
obtidos além de 10 sessões são representados por uma tonificação seletiva dos
músculos, redução dos depósitos adiposos, aumento da circulação e aumento do
metabolismo.
- · Iontoforese
Este tratamento consiste
em uma técnica que permite a absorção de princípios ativos ou oligoelementos
pela pele, por meio de um aparelho que emite correntes
elétricas. Esta prática pode ser feita em conjunto de vários tipos de produtos,
que serão administrados de acordo com o objetivo do tratamento. Esta função se
da através de uma corrente galvânica, com o auxílio de uma caneta rolo (parte
do equipamento usado), a qual tem como objetivo introduzir substâncias
(princípios ativos específicos) polarizadas, hidrossolúveis, fazendo uma
revitalização corporal e facial. É frequente a aplicação de produtos à base de
ureia, colágeno, elastina, entre outros. Quando utilizada
na sua forma pura os efeitos podem promover um incremento na nutrição do tecido
afetado consequente ao aumento da circulação local, que ocorre principalmente
no nível do pólo negativo, que é mais estimulante.
Os primeiros
resultados são notáveis em geral por volta da 6ª ou 7ª sessão de ionização. A
duração é em média da sessão é cerca de 20 minutos. O número recomendado de sessões
é de 20, podendo-se realizar novas sessões após um descanso de 1 mês.
- · Ultra Som
Dentre os recursos, o ultra som associada à fonoforese
apresenta grande eficácia, pois promovem significativas alterações fisiológicas
no tecido acometido pela FEG. O ultra som é de um método que utiliza de ondas
sonoras através de um cabeçote com transdutor perpendicular à área a ser
tratada, em constante movimentação e mantido em contato com o agente de
acoplamento para não gerar a formação de cunhas de ar. Sua ação também promove
efeito anti-inflamatório (combate as dores) e aumento da circulação. A
utilização do ultra som associado à fonoforese gerou efeitos como neovascularização,
aumento da circulação, rearranjo e aumento da extensibilidade das fibras
colágenas, e melhorou as propriedades mecânicas do tecido, além de um aumento
na permeabilidade das membranas biológicas facilitando assim a penetração de
fármacos no organismo através da pele (fonoforese).
Tendo como agente de acoplamento, o gel que é
o meio que melhor transmite a onda ultra sônica, sendo, portanto, o mais
indicado. No tratamento da FGE recomendou o ultra som
em emissão continua, com doses baixas e aumentar a intensidade progressivamente.
A utilização do ultra som pode ser incluído no tratamento em dias alternados,
de 2 a 3 vezes na semana, deve-se aplicar no máximo 20 sessões e após o término
deve-se aguardar 1 a 2 meses para então reiniciar o tratamento.
O ultra-som é uma terapia
efetiva, ou um risco potencial, dependendo de como é aplicada esta modalidade.
Existindo listas de contra indicações e precauções como: áreas isquêmicas, tromboflebite
e varizes, diretamente sobre endopróteses e implantes metálicos, sobre útero
gravídico, tumores cancerígenos, sistema nervoso, áreas anestesiadas, infecção
ativa, gônadas, área cardíaca, olhos, hemofílicos não tratados e placas
epifisárias.
A fisioterapia vem ampliando cada vez mais
suas áreas de atuação, visando sempre o equilíbrio entre saúde física e
qualidade de vida.
O fibro edema gelóide, é o resultado do conjunto de alterações metabólicas e
circulatórias, que ocorrem na pele. Essas alterações podem ser causadas por
vários fatores: hormonais, vasculares e hereditários. Como o fibro edema
gelóide acomete cerca de noventa por cento das mulheres, cada vez mais aparecem
tratamentos, mas vários tratamentos não se têm obtido bons resultados. Por isso
é de grande importância o aprofundamento nos estudos dos diversos aparelhos de
eletroterapia, onde se têm obtido ótimos resultados.
FONTES: http://www.unifil.br/portal/arquivos/publicacoes/paginas/2012/8/485_729_publipg.pdf
http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/alternativa/geloide_eline.htm
http://www.unifil.br/portal/arquivos/publicacoes/paginas/2011/7/350_413_publipg.pdf
EQUIPE: Caroline Patricia
Itamara Souza
Rafaelle Sousa
Rodrigo Melo
Rodrigo de Oliveira
Rodrigo Oliveira
Sandra Pereira
Suzana Graciela
FONTES:
http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/alternativa/geloide_eline.htm
http://www.unifil.br/portal/arquivos/publicacoes/paginas/2011/7/350_413_publipg.pdf
EQUIPE: Caroline Patricia
Itamara Souza
Rafaelle Sousa
Rodrigo Melo
Rodrigo de Oliveira
Rodrigo Oliveira
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