segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Combate à lombalgia utilizando a eletroterapia







Introdução


O termo lombalgia se refere à dor na coluna lombar, sendo um dos sintomas mais comuns das disfunções da coluna vertebral. Essa é uma disfunção que acomete ambos os sexos, podendo variar de uma dor aguda, se durar menos de quatro semanas; subaguda, com duração de até 12 semanas; e crônica, se persistir por mais de 12 semanas. Estudos da Organização Mundial da Saúde (2007) revelam a dor lombar como um problema de saúde pública mundial, atingindo cerca de 80% das pessoas em algum período de suas vidas, causando graves consequências socioeconômicas. A dor lombar é uma importante causa de incapacidade, ocorrendo em prevalências elevadas em todas as culturas, influenciando a qualidade de vida das pessoas.A lombalgia crônica é um sintoma, e não uma doença, que se caracteriza por dor, a qual pode ser resultante de causas diversas. Devido à complexidade das lombalgias, podemos classificá-las etiologicamente como estruturais; traumáticas; músculo esqueléticas; degenerativas; reumáticas; defeitos congênitos; inflamatórias; neoplásicas; viscerais reflexas; doenças ósseas; e metabólicas. Além disso, observa-se grande incidência de lombalgias relacionadas à atividades laborativas, que levam à posturas e movimentos corporais inadequados causando sobrecarga sobre a coluna lombar, levando a uma série de transtornos físicos e prejuízos de ordem financeira, causados pelo absenteísmo, diminuição da produtividade e, consequentemente dos lucros empresariais. Há variados recursos terapêuticos à disposição para o tratamento da lombalgia, como medidas cirúrgicas e medicamentosas. Contudo, a fisioterapia atua por meio do tratamento conservador, dispondo de recursos eletrotermofototerapêuticos, cinesioterapia por meio de programas de exercícios que visam melhor condicionamento muscular, alinhamento postural, relaxamento e alívio sintomático da dor. Entretanto, sua elegibilidade irá depender do quadro clínico do paciente e da avaliação realizada pelo fisioterapeuta.




Fundamentação Teórica



Lombalgia crônica é caracterizada como dor lombar músculo-esquelética inespecífica, que é uma dor nas costas na região lombar atribuída a uma tensão muscular, deslocamento da tensão lombosacro, deslocamento tensional miofacial e ainda dores causadas por anormalidades musculares.

Devido a uma inexistência de uma fidedigna correlação entre os achados clínicos e os de imagem há dificuldades do estudo das abordagens das lombalgias por ser um segmento lombar inervado, tornando difícil determinar com precisão o local e origem da dor.

O TENS é a modalidade bastante utilizada para o tratamento da dor musculoesquelética que consiste na geração de impulsos elétricos através da pele por meio de eletrodos, impedindo a transmissão de informação nociceptiva até o cérebro.



Eletroterapia



A eletroterapia consiste no uso de correntes elétricas com finalidades terapêuticas diversas. Existem muitos tipos de correntes que podem ser utilizadas na eletroterapia, cada qual com particularidades próprias quanto às indicações e contraindicações. Mas todas elas têm um objetivo comum: produzir algum efeito no tecido a ser tratado, que é obtido por meio das reações físicas, biológicas e fisiológicas que o tecido desenvolve ao ser submetido à terapia.


Alguns desses objetivos são: controle da dor aguda e crônica, redução de edema, redução de espasmo muscular, minimização de atrofia por desuso, facilitação da reeducação muscular, fortalecimento muscular, facilitação da cicatrização tecidual e da consolidação de fraturas. 

Para a utilização da eletroterapia há precauções que devem ser seguidas: evitar tratar sobre a pele com transtorno de sensibilidade, evitar feridas abertas na área de tratamento, evitar áreas de extremo edema, não colocar eletrodos sobre os músculos da laringe, faringe, próximo ao seio carotídeo. São contraindicações para utilização da eletroterapia: áreas com distúrbio vascular,indivíduos portadores de neoplasias, pacientes mentalmente desorientados (Hayes, 2002).



A intensidade da corrente deve sempre ser aumentada gradativamente, de acordo com a tolerância do paciente. Devem ser utilizados eletrodos de silicone, borracha ou autoadesivos em bom estado e gel condutor de boa qualidade (IBRAMED, 2009)





Eletroanalgesia



A eletroanalgesia consiste no uso da eletroterapia com objetivos analgésicos. É um recurso útil no tratamento das dores lombares agudas e crônicas. Os tipos de correntes mais utilizados para esta finalidade terapêutica são a eletroestimulação transcutânea (TENS) e a corrente interferencial (Guirro e Guirro, 2004).



TENS (estimulação elétrica nervosa transcutânea)

A TENS é uma corrente de baixa frequência (2 a 200Hz) considerada um recurso valioso para o alívio da dor, seja ela proveniente de lesões agudas ou decorrentes de processos crônicos. O uso desse tipo de eletroestimulação tem permitido a redução na utilização de medicamentos farmacológicos para o controle da dor lombar (NEFE, 2010).

Esse tipo de corrente age sobre as fibras nervosas aferentes como um estímulo diferencial que "concorre" com a transmissão do impulso doloroso. Ativa as células da substância gelatinosa, estimula a liberação de endorfinas, endomorfinas e encefalinas, diminuindo ou bloqueando a percepção central à dor (NEFE, 2010).

A eficiência no uso da TENS está diretamente relacionada à forma do estímulo, sua intensidade, frequência e a colocação dos eletrodos. Na medida em que os impulsos atingem o nervo acontece à regulação para o controle da dor (Rodrigues e Guimarães, 1998). 
Para o controle da dor aguda, normalmente a frequência usada é alta variando entre 100 e 200 Hz. Para o manejo da dor crônica utiliza-se frequências entre 50 e 100Hz. Os eletrodos devem ser posicionados paralelamente à área dolorosa. Quando necessário outro par de eletrodos pode ser fixado bilateralmente à coluna vertebral, ao nível das raízes nervosas que abrangem a área da dor (IBRAMED, 2009).

Eletrolipoforese

Por definição, a eletrolipoforese é uma técnica destinada ao tratamento das adiposidades e acúmulo de ácidos graxos localizados. Segundo Soriano et al., caracteriza-se pela aplicação de microcorrentes específicas de baixa freqüência (ao redor de 25 Hz) que atuam diretamente no nível dos adipócitos e dos lipídios acumulados, produzindo sua destruição e favorecendo sua posterior eliminação.
A eletrolipoforese trata-se de um procedimento que consiste em veicular ondas elétricas de intensidade e de freqüência definidas. Utilizam-se vários pares de agulhas finas (0,3mm) e longas (5 a 15cm), desempenhando o papel de eletrodos, são ligadas a correntes de baixa intensidade, criando um campo elétrico entre elas
A intensidade da corrente utilizada varia de 5 a 40 mA e a freqüência é escolhida entre 5 e 500 Hz. A duração da sessão é de 50 minutos, sendo realizada uma vez por semana. O número de sessões varia de 3 a 6, sendo que a implantação das agulhas pode ser alterada a cada sessão de acordo com a localização dos enchimentos celulíticos.
Os efeitos fisiológicos proporcionados pela eletrolipoforese são: efeito Joule, onde a corrente elétrica, ao circular por um condutor, realiza um trabalho que produziria certo tipo de “calor” ao atravessar o mesmo; efeito eletrolítico; efeito de estímulo circulatório; efeito neuro-hormonal, que produz uma estimulação artificial do sistema nervoso simpático e, como conseqüência, ocorre a liberação de catecolaminas com aumento de AMP cíclico intradipocitário, e aumento da hidrólise dos triglicerídeos


Concluindo que a eletroterapia consiste no uso de correntes elétrica com diversas finalidades. Existem muitos tipos de correntes que podem ser utilizadas na eletroterapia. Um dos objetivos é o controle da dor. Na utilização da eletroterapia, a TENS  deve ser considerada como uma boa  opção de tratamento na dor lombar crônica, pois o sintoma principal da patologia é a dor.


EQUIPE: Caroline Patricia
               Itamara Souza
               Rafaelle Sousa
               Rodrigo Melo
               Rodrigo de Oliveira
               Rodrigo Oliveira
               Sandra Pereira
               Suzana Graciela

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