segunda-feira, 14 de setembro de 2015

A ELETROTERAPIA NO TRATAMENTO DO FIBRO EDEMA GELÓIDE


Existe atualmente uma constante busca pelo corpo ideal com diversas influências da moda. Com restrições, colocam mulheres em diversas situações, ocorrendo não só uma alteração estética, mas, além disso, pode proporcionar graves problemas como a baixa autoestima. Com isso começou a surgir uma grande preocupação com a temerosa fibro edema gelóide (FEG) mais conhecida como “celulite”.
O fibro edema gelóide é definida como uma alteração nos diversos elementos do tecido conjuntivo, juntamente com uma infiltração edematosa, de caráter não inflamatório, que leva à polimerização da substância fundamental, mecanismo esse gerado como uma forma de defesa do organismo, produzindo uma reação fibrótica do infiltrar-se nas tramas do tecido conjuntivo. Podemos observar o FEG como uma alteração da pele com várias depressões irregular muito parecida ao aspecto de “casca de laranja” acometendo mais as regiões de glúteo e coxas e com menos intensidade em panturrilha, braços e abdome.
O fisioterapeuta dispõe de meios físicos e técnicas terapêuticas como eletroterapia, técnicas manuais, cinesioterapia, RPG, cosmetologia, capazes de tratar efetivamente diversas patologias clínicas e estéticas com conhecimentos relevantes de anatomia, fisiologia, patologia. O tratamento do fibro edema gelóide é baseado no poder da massagem, combatendo os fatores desencadeantes, a eletroterapia é um método eficaz pois eleva à temperatura corporal através da passagem da corrente elétrica, mas além dos tratamentos em cabine, é importante, uma alimentação balanceada, pratica de exercícios físicos, entre outros. O efeito fisiológico ocorre através da passagem da corrente elétrica por organismos vivos, o efeito térmico ocorre pelo choque dos elétrons livres contra os átomos dos condutores, o efeito químico ocorre quando a corrente elétrica atravessa as soluções eletrolíticas, e por fim o efeito magnético, é quando ocorre um campo magnético em torno da corrente.
Dentro da eletroterapia existem vários tratamentos com aparelhos entre eles a: Eletrolipoforese, Correntes Excitomotoras, Iontoforese e o Ultra Som.
  • ·         Eletrolipoforese
Por definição, a eletrolipoforese é uma técnica destinada ao tratamento das adiposidades e acúmulo de ácidos graxos localizados. Segundo Soriano et al., caracteriza-se pela aplicação de micro correntes específicas de baixa frequência (ao redor de 25 Hz) que atuam diretamente no nível dos adipócitos e dos lipídios acumulados, produzindo sua destruição e favorecendo sua posterior eliminação. A eletrolipoforese trata-se de um procedimento que consiste em veicular ondas elétricas de intensidade e de frequência definidas. Utilizam-se vários pares de agulhas finas (0,3mm) e longas (5 a 15cm), desempenhando o papel de eletrodos, são ligadas a correntes de baixa intensidade, criando um campo elétrico entre elas.
A intensidade da corrente utilizada varia de 5 a 40 mA e a frequência é escolhida entre 5 e 500 Hz. A duração da sessão é de 50 minutos, sendo realizada uma vez por semana. O número de sessões varia de 3 a 6, sendo que a implantação das agulhas pode ser alterada a cada sessão de acordo com a localização dos enchimentos celulíticos.
Os efeitos fisiológicos proporcionados pela eletrolipoforese são: efeito Joule, onde a corrente elétrica, ao circular por um condutor, realiza um trabalho que produziria certo tipo de “calor” ao atravessar o mesmo; efeito eletrolítico; efeito de estímulo circulatório; efeito neuro-hormonal, que produz uma estimulação artificial do sistema nervoso simpático e, como consequência, ocorre a liberação de catecolaminas com aumento de AMP cíclico intradipocitário, e aumento da hidrólise dos triglicerídeos.
  • ·         Correntes Excitomotoras
A estimulação elétrica neuromuscular (NMES) é um importante coadjuvante no tratamento do fibro edema gelóide. Para a técnica de correntes excitomotoras é usado um equipamento que gera corrente (alternadas ou não) a qual muda sua polaridade em um determinado tempo pré-estabelecido. As modulações que devem ser reguladas para que haja contração eficiente são:

T on – T off: tempo de contração e repouso da corrente;

Subida e descida: tempo em que a corrente sobe e desce da contração;
Subida – sustentação – descida – repouso;
Frequência;
Amplitude; Intensidade e frequência (VIF) – para não ter efeitos de acomodação.

Esta modalidade terapêutica tem por objetivo propiciar o fortalecimento e/ou hipertrofia muscular, bem como o aumento da circulação sanguínea e linfática, melhorando assim o trofismo dos tecidos. De acordo com Rossi, (2001) trabalhando-se com correntes de baixa frequência (até 300Hz), em torno de 0,5 a 60 Hz, poderemos ter uma boa contração muscular, em sessões com duração de 15-20 minutos, realizadas 2-3 vezes por semana. O número de sessões está compreendido entre 15 e 30. Os resultados esperados e obtidos além de 10 sessões são representados por uma tonificação seletiva dos músculos, redução dos depósitos adiposos, aumento da circulação e aumento do metabolismo.

  • ·         Iontoforese
Este tratamento consiste em uma técnica que permite a absorção de princípios ativos ou oligoelementos pela pele, por meio de um aparelho que emite correntes elétricas. Esta prática pode ser feita em conjunto de vários tipos de produtos, que serão administrados de acordo com o objetivo do tratamento. Esta função se da através de uma corrente galvânica, com o auxílio de uma caneta rolo (parte do equipamento usado), a qual tem como objetivo introduzir substâncias (princípios ativos específicos) polarizadas, hidrossolúveis, fazendo uma revitalização corporal e facial. É frequente a aplicação de produtos à base de ureia, colágeno, elastina, entre outros. Quando utilizada na sua forma pura os efeitos podem promover um incremento na nutrição do tecido afetado consequente ao aumento da circulação local, que ocorre principalmente no nível do pólo negativo, que é mais estimulante.
Os primeiros resultados são notáveis em geral por volta da 6ª ou 7ª sessão de ionização. A duração é em média da sessão é cerca de 20 minutos. O número recomendado de sessões é de 20, podendo-se realizar novas sessões após um descanso de 1 mês.

  • ·         Ultra Som
Dentre os recursos, o ultra som associada à fonoforese apresenta grande eficácia, pois promovem significativas alterações fisiológicas no tecido acometido pela FEG. O ultra som é de um método que utiliza de ondas sonoras através de um cabeçote com transdutor perpendicular à área a ser tratada, em constante movimentação e mantido em contato com o agente de acoplamento para não gerar a formação de cunhas de ar. Sua ação também promove efeito anti-inflamatório (combate as dores) e aumento da circulação. A utilização do ultra som associado à fonoforese gerou efeitos como neovascularização, aumento da circulação, rearranjo e aumento da extensibilidade das fibras colágenas, e melhorou as propriedades mecânicas do tecido, além de um aumento na permeabilidade das membranas biológicas facilitando assim a penetração de fármacos no organismo através da pele (fonoforese).
Tendo como agente de acoplamento, o gel que é o meio que melhor transmite a onda ultra sônica, sendo, portanto, o mais indicado. No tratamento da FGE recomendou o ultra som em emissão continua, com doses baixas e aumentar a intensidade progressivamente. A utilização do ultra som pode ser incluído no tratamento em dias alternados, de 2 a 3 vezes na semana, deve-se aplicar no máximo 20 sessões e após o término deve-se aguardar 1 a 2 meses para então reiniciar o tratamento.
O ultra-som é uma terapia efetiva, ou um risco potencial, dependendo de como é aplicada esta modalidade. Existindo listas de contra indicações e precauções como: áreas isquêmicas, tromboflebite e varizes, diretamente sobre endopróteses e implantes metálicos, sobre útero gravídico, tumores cancerígenos, sistema nervoso, áreas anestesiadas, infecção ativa, gônadas, área cardíaca, olhos, hemofílicos não tratados e placas epifisárias.

A fisioterapia vem ampliando cada vez mais suas áreas de atuação, visando sempre o equilíbrio entre saúde física e qualidade de vida. O fibro edema gelóide, é o resultado do conjunto de alterações metabólicas e circulatórias, que ocorrem na pele. Essas alterações podem ser causadas por vários fatores: hormonais, vasculares e hereditários. Como o fibro edema gelóide acomete cerca de noventa por cento das mulheres, cada vez mais aparecem tratamentos, mas vários tratamentos não se têm obtido bons resultados. Por isso é de grande importância o aprofundamento nos estudos dos diversos aparelhos de eletroterapia, onde se têm obtido ótimos resultados.



FONTES: 
http://www.unifil.br/portal/arquivos/publicacoes/paginas/2012/8/485_729_publipg.pdf
                http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/alternativa/geloide_eline.htm
                http://www.unifil.br/portal/arquivos/publicacoes/paginas/2011/7/350_413_publipg.pdf



EQUIPE: Caroline Patricia
               Itamara Souza
               Rafaelle Sousa
               Rodrigo Melo
               Rodrigo de Oliveira
               Rodrigo Oliveira
               Sandra Pereira
               Suzana Graciela

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